Em 2016 e 2020, os eleitores de Belo Horizonte elegeram Alexandre Kalil para prefeito. Empresário da construção civil e ex-presidente do Clube Atlético Mineiro, Kalil já era figura conhecida dos mineiros por seu estilo histriônico. Sem nunca ter se candidatado, apresentou-se como o candidato da anti-política, imagem que surfou na politica brasileira desde o impeachment da Presidente Dilma e o lawfare da Operação Lava Jato.
Em 2016, Kalil candidatou-se pelo inexpressivo e já extinto Partido Humanista da Solidariedade – PHS (incorporado ao Podemos em 2019), tendo como vice o então Deputado Estadual Paulo Lasmac – Rede, que conferiu à candidatura um tom progressista. Kalil perdeu no 1º turno (26,56%) para o Deputado João Leite-PSDB, que teve 33,4% dos votos. No segundo turno, a vitória foi disputada, tendo vencido com 52,98% dos votos contra 47,02%.
O então Deputado Federal Rodrigo Pacheco – PSD ficou em 3° lugar com 10,02% dos votos. O Deputado Federal Reginaldo Lopes – PT teve 7,27% dos votos, ficando em 4° lugar.
Nas eleições de 2020, Alexandre Kalil se elegeu pela legenda do Partido Social Democrático- PSD com a coligação “Coragem e Trabalho”, composta pelo MDB, DC, PP, PV, REDE, AVANTE, PSD e PDT. Tendo como vice Fuad Noman-PSD- rompeu com seu vice anterior Paulo Lamac durante o primeiro mandato, ganharia de forma contundente (63,36%), elegendo-se já no primeiro turno, em grande parte devido à atuação proativa durante a pandemia, quando confrontou o negacionismo do Governador Zema e do Presidente Bolsonaro.
Kalil se elegeu pelo partido dirigido por Gilberto Kassab-PSD, tradicional articulador da direita brasileira, tendo como padrinho o então Senador Augusto Anastasia-PSD. Sua vitória em tom conservador representou a derrota da direita bolsonarista em Belo Horizonte representada pelo Deputado Bruno Engler-PRTB, que ficou em segundo lugar com 9,95% dos votos e por João Vitor Xavier-Cidadania em 3°, com 9,26%.
Em 2020, a vereadora mais votada no pleito anterior em BH, Áurea Carolina-PSOL, chegou em 4º lugar, com 8,33% dos votos. O PT, com Nilmário Miranda, registrou seu pior desempenho eleitoral desde a criação do partido, obtendo meros 1,88% dos votos. Também o PSDB, com a candidata Luiza Barreto, ficou muito abaixo de seu tradicional desempenho eleitoral com 1,32% dos votos.
Seja o primeiro a comentar